Assentamento Federal, código: GO0147000 com 1508 ha. Localizado no município de Santa Isabel - GO, Estrada Santa Isabel a Cirilândia, Km 7, à 6 Km do núcleo urbano, Santa Izabel, com 3592 habitantes, está a 154,6 km. de Goiânia.( ver anexo-Dados de Nova Glória)
Iniciou em 1998, quando houve a ocupação da terra, com a formação de um acampamento e permaneceram por 3 anos As famílias são provenientes de Rialma, Ceres, Santa Izabel, Goianésia, Rubiataba e Nova Glória (cidades do Estado de Goiás). Em 1999 receberam a “imissão de posse”, e estão distribuídos em lotes de em média 21 hectares. É constituído por 47 famílias, num total de 164 moradores. Recebem o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ceres, Goianésia, FETAEG (Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado de Goiás) e Prefeitura Municipal de Santa Isabel - Go.
Organizaram a Associação do Projeto de Assentamento Nova Aurora, em 06/06/1999, com participação de 42 famílias (135 pessoas) Tem como objetivo representar as famílias junto às entidades governamentais e buscar parcerias. Através do INCRA foram concedidos 46 créditos para investimento e para habitação, pela Caixa Econômica Federal (CEF). Possuem uma sede com residência, curral e galpão (60 metros quadrados). A área destinada à associação é de 2,5 ha. Desde a sua criação, planta lavoura comunitária de arroz, com produção média de 350 sacas de 60 kg, distribuídas igualmente entre os associados.
Em 12/04/2001, criaram a Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares do Assentamento Nova Aurora (COOPAFANA) com 18 famílias e 25 cooperados.
Desde fevereiro de 2005 fazem parte do Projeto “Geração de Renda e Segurança Alimentar em Assentamentos de Reforma Agrária e Acampamento de Trabalhadores Rurais Sem Terra do Vale do São Patrício – Goiás”, patrocinado pelo Programa Petrobras Fome Zero, da Petrobras. Implantou-se uma granja de suínos e fábrica de ração, com 13 matrizes e 1 reprodutor, com uma produção de 352 leitões/ano. O Projeto foi encerrado em março/2006 e renovado por mais 12 meses.
Diagnóstico ambiental
· Localização: A área está inserida na microbacia do Rio das Almas e tem com limite norte o rio do Peixe e em seu interior uma rede hídrica composta por 20 nascentes, 8 represas, 4 córregos e 1 rio. (Ver Anexo II – Mapas). Que são:
Rio do Peixe: 6500 m;
Córrego Limoeiro: 4500 m;
Córrego Iguaçu: 3400 m;
Córrego Água Limpa: 1100 m;
Córrego Urubu: 2400 m.
· Histórico de ocupação da área: a área hoje ocupada pelo assentamento era uma antiga fazenda de criação de gado, com extensas áreas de pastagem.
· Situação atual: o assentamento é dividido em 48 glebas, de aproximadamente 26 ha cada, totalizando uma população de 164 assentados, sendo desenvolvidas atividades de subsistência, agricultura: arroz, feijão, mandioca, milho e hortaliças; e pecuária: suinocultura e avicultura tradicionais. As atividades com fins comerciais consistem basicamente em pecuária de leite e lavouras comunitárias.
· Situação das APP´s e Reserva Legal: as 20 nascentes se encontram em diferentes estados de degradação ambiental, precisando de intervenção técnica adequada para sua recuperação. Já os córregos e o rio apresentam uma situação de melhor conservação das matas ciliares, respeitando a legislação ambiental vigente no país. A reserva legal, em sistema de condomínio, apresenta-se em excelente estado de conservação, podendo ser enriquecida com espécies nativas do cerrado com fins de aproveitamento comercial com base na utilização de técnicas de manejo sustentável. Uma pequena parte da reserva encontra-se subdividida nas parcelas, sendo que estas quase já não existem. Dessa forma a implantação dos SAF´s poderá ser o início dessa recuperação. A situação mais crítica é encontrada nas nascentes, onde se localizam os reservatórios (represas) que são utilizados para o abastecimento humano, animal e para a irrigação. Nessas áreas quase não se encontra vegetação de proteção, necessitando de um trabalho urgente de recuperação. ( Ver Fotos – Anexo III)
· As causas principais de degradação das nascentes e assoreamento dos córregos no assentamento foram:
a) corte intensivo das florestas nativas com a finalidade de formar pastagens;
b) queimadas para eliminação de restos de florestas derrubadas, que destroem a matéria orgânica da camada superficial do solo e dificultam a infiltração da água da chuva;
c) pastoreio intensivo levando a compactação do solo, que impede a infiltração da água da chuva e promove a degradação das pastagens em encostas.